Há 21 anos, quase 22 me apego na idéia de que um dia serei feliz, se não feliz, pelo menos plena e certa das minhas convicções. Mas uma força muito, mas muito maior que eu me faz questionar: que felicidade é essa?
-Que felicidade é essa que, por mais que eu tente ter o mínimo de inteligência, o "deficiente física" do meu cv vai sempre me descartar?
-Que felicidade é essa que mesmo que eu escolha a profissão da minha vida, a única jornalista deficiente que eu conheço faz poucas e rasas matérias em rede nacional? Não é demérito nenhum, mas não o que eu sonhei pra mim, simples assim.
-Que felicidade é essa em que meu corpo, aos 21 anos não responde como quando eu tinha 11 e sabe-se lá como estará aos 51?
-Que felicidade é essa que por mais que eu tente acreditar que não, vai me impedir de ser independente e ter a minha própria vida, sem que eu precise de ajuda para subir uma escada sem corrimão, por exemplo?
-Que felicidade é essa que se eu por acaso, me envolver com alguém, não basta essa pessoa me amar. Ela terá de de ser forte o suficiente para aguentar o julgamento da sociedade por ter escolhido uma mulher fora dos padrões?
-Que felicidade é essa que vai me impedir de realizar o sonho de ser mãe? Sim, porque se eu engravidar e cair na rua, eu não só vou me machucar como vou machucar uma outra vida também. E se essa criança nascer, muito provavelmente não poderei segurá-la em meus braços. QUE PORRA DE FELICIDADE É ESSA?
Não é felicidade, é ILUSÃO e que vai me destruir e destruir aos poucos cada sonho que ainda vive em mim.
Talvez eu esteja me expondo demais, ou talvez eu aguentei por tempo demais. Agora acabou, a força esgotou, a vontade passou. To aqui, no quarto escuro, longe de tudo, só esperando quem sabe, um novo ar pra respirar.
Leonina,
exagerada, sensível, impulsiva, aspirante a Letrista e Jornalista, dona de um coração bem burro.
segunda-feira, 25 de junho de 2012
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
A (difícil) arte de Esperar.
Eu tinha até pensado em te escrever de novo, mas hoje, a Adele fala por mim.
"Sometimes it lasts in love, but sometimes it hurts instead.
Nothing compares, no worries or cares
Regrets and mistakes, they're memories made
Who would have known how bitter-sweet
This would taste?"
Minhas palavras são minha reza para você. Deus queira então, que o vento leve essas palavras, não tão minhas, mas da Adele, até você.
E eu continuo esperando o dia em que eu entenda tudo isso.
"Sometimes it lasts in love, but sometimes it hurts instead.
Nothing compares, no worries or cares
Regrets and mistakes, they're memories made
Who would have known how bitter-sweet
This would taste?"
Minhas palavras são minha reza para você. Deus queira então, que o vento leve essas palavras, não tão minhas, mas da Adele, até você.
E eu continuo esperando o dia em que eu entenda tudo isso.
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Tentando, tentando....
Tá foda, tá bem foda. Pesado demais. Esse espaço começou porque eu queria tornar público um recado pra você. Eu tentei resistir, mas tá quase impossível guardar tanta dor, tanta falta no peito,então eu resolvi vir aqui, de novo, te escrever.
Como eu queria que tudo isso fosse mentira, como eu queria uma segunda chance. Mas sim, sabemos que se tivessemos uma nova oportunidade talvez nem saberíamos, ou nem aproveitaríamos. A merda da vida é assim, né? O que ta me matando dia a dia é essa ilusão de um futuro que não houve, uma possibilidade que eu torcia pra que fosse real, mas é impossível, humanamente impossível.
Eu acredito que você esteja vendo, mas eu queria poder te contar, te ligar. Contar que estou prestes a realizar um outro grande sonho, contar que assumi novas responsabilidades e estou trabalhando, contar que cresci. Contar que aprendi um zilhão de coisas nesse um ano e meio.
Mas na real, o que eu posso te contar, o que o meu coração quer te contar é que eu tenho um medo gigante, monstruoso, crescendo dia a dia dentro de mim. Medo de perder mais gente que amo, medo de ser sozinha, medo, muito medo.
Repito, talvez, todas as minhas sensações sejam ilusórias por conta da lacuna que ficou entre a gente, mas como eu vou saber? Era você que entendia meu vicio por tv, era você que entendia minha personalidade caseira,era você que entendia meu choro desmedido, enfim, por mais que eu não quisesse, hoje eu vejo o quanto minha identidade estava presente em você.
Tá difícil, mas eu vou continuar tentando. Torce aí pra que a dor passe e a saudade caiba no peito, assim eu não precise voltar aqui para te escrever.
Como a gente não escolhe quem a gente ama, te amo e torço daqui para que você esteja bem.
Como eu queria que tudo isso fosse mentira, como eu queria uma segunda chance. Mas sim, sabemos que se tivessemos uma nova oportunidade talvez nem saberíamos, ou nem aproveitaríamos. A merda da vida é assim, né? O que ta me matando dia a dia é essa ilusão de um futuro que não houve, uma possibilidade que eu torcia pra que fosse real, mas é impossível, humanamente impossível.
Eu acredito que você esteja vendo, mas eu queria poder te contar, te ligar. Contar que estou prestes a realizar um outro grande sonho, contar que assumi novas responsabilidades e estou trabalhando, contar que cresci. Contar que aprendi um zilhão de coisas nesse um ano e meio.
Mas na real, o que eu posso te contar, o que o meu coração quer te contar é que eu tenho um medo gigante, monstruoso, crescendo dia a dia dentro de mim. Medo de perder mais gente que amo, medo de ser sozinha, medo, muito medo.
Repito, talvez, todas as minhas sensações sejam ilusórias por conta da lacuna que ficou entre a gente, mas como eu vou saber? Era você que entendia meu vicio por tv, era você que entendia minha personalidade caseira,era você que entendia meu choro desmedido, enfim, por mais que eu não quisesse, hoje eu vejo o quanto minha identidade estava presente em você.
Tá difícil, mas eu vou continuar tentando. Torce aí pra que a dor passe e a saudade caiba no peito, assim eu não precise voltar aqui para te escrever.
Como a gente não escolhe quem a gente ama, te amo e torço daqui para que você esteja bem.
domingo, 29 de maio de 2011
Meu enterro mental
Quase um mês sem postar. Não vou dizer que esqueci porque é mentira, mas confesso que ainda não consigo fazer do blog uma rotina, uma obrigação, nem sei se quero, senão perde a graça, né? Diversas vezes eu pensei em postar, mas como não sei fazer rascunhos, o texto passa assim, rapidinho na cabeça, daí eu fico insegura e acabo não batendo o martelo. Mas ontem, (sexta feira, ainda não dormi então o ontem ainda é hoje, dá licença) lembrei de uma vez, há muitos anos atrás, quando fui numa sessão de terapia e a terapeuta me propôs fazermos um " enterro" mental daquilo tudo que me incomodava, me agoniava naquela época, pra que ficasse bem longe, bem guardado e sumisse dos flashes momentâneos que a gente sempre tem.
Então, voltemos á ontem: percebi o quanto eu me desaponto comigo, com as coisas ou com alguém e como isso é recorrente, e sabem porque ? Porque crio sempre inúmeras expectativas e isso é tão involuntário que desde pequenininha, o planejamento da festa de aniversário foi sempre muito melhor do que a festa em si, por exemplo. Sou absurdamente ansiosa e isso tem que mudar, ou diminuir, por mim, por vocês, por tudo. Quem me conhece sabe que eu sempre respondo assim: "não esperei nem pra nascer, vou saber esperar o quê mais?"- nasci prematura, de 7 meses - isso explica muita coisa, ou então, só dificulta as coisas, vai saber. Mas chega, enterrem comigo, por favor?
Adeus expectativas; adeus choros de raiva; adeus entregas desmedidas; descanse em paz dor de estômago querida; queda de cabelo, encontre a paz; falta de paciência, adeus.
Vocês é que irão me dizer se tudo está funcionando ou não, ok? Eu tento daqui, vocês me ajudam daí.
Então, voltemos á ontem: percebi o quanto eu me desaponto comigo, com as coisas ou com alguém e como isso é recorrente, e sabem porque ? Porque crio sempre inúmeras expectativas e isso é tão involuntário que desde pequenininha, o planejamento da festa de aniversário foi sempre muito melhor do que a festa em si, por exemplo. Sou absurdamente ansiosa e isso tem que mudar, ou diminuir, por mim, por vocês, por tudo. Quem me conhece sabe que eu sempre respondo assim: "não esperei nem pra nascer, vou saber esperar o quê mais?"- nasci prematura, de 7 meses - isso explica muita coisa, ou então, só dificulta as coisas, vai saber. Mas chega, enterrem comigo, por favor?
Adeus expectativas; adeus choros de raiva; adeus entregas desmedidas; descanse em paz dor de estômago querida; queda de cabelo, encontre a paz; falta de paciência, adeus.
Vocês é que irão me dizer se tudo está funcionando ou não, ok? Eu tento daqui, vocês me ajudam daí.
domingo, 1 de maio de 2011
"Por que ninguém vai dormir nossos sonhos"
Desede que eu nasci e me entendo por gente, eu sei que preciso correr atrás do que eu quero. Sabe aquela ladainha de que não é preciso provar nada pra ninguém? MENTIRA DESLAVADA, eu tenho que provar o tempo todo, pra todo mundo, pra mim, que sou capaz. Os motivos? Um dia eu conto (pros que ainda não sabem). Mas enfim, vamos aos fatos: eu comecei acreditar que os sonhos podiam mesmo virar realidade quando eu fiz 18 anos e pude conhecer a Europa. Daí eu construi outro sonho, porque eu não vivo sem sonho. Esse outro sonho era a USP, beleza consegui, foi lindo. (To contando de maneira simplória só pra não enrolar muito, ta?) mas agora não tem mais graça. E eu preciso de estímulo, muito. Daí que eu decidi que não vou ficar frustrada e vou fazer uma outra graduação: Mãe, quero ser jornalista. E eu vou ser. Não sei ainda como as coisas vão se arranjar, mas a vontade já está consumada. Bom, era isso. Espero que vocês também possam colocar o sonho de vocês em primeiro lugar.
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Desassossego
Tem dia que é assim. O nó na garganta te acompanha o dia inteiro, as pessoas falam, mas você escuta looooooonge, looooonge. Tudo está em desalinho. Os planos que você fez até o dia anterior não parecem ter mais o menor sentido. A decepção vem certeira, porque tudo que você construiu não te satisfaz mais. As longas 24 horas chegam ao fim e daí o choro que você guardou o dia inteirinho, vem, assim, naturalmente. Agora é dormir e torcer para que amanhã, o hoje não faça mais o menor sentido.
domingo, 24 de abril de 2011
Coragem, coração
O Leonina, nasceu depois de eu pensar mil vezes se minha vontade era mesmo escrever um blog e honestamente ainda não sei, mas vou arriscar. Preciso vomitar toda essa agonia e escrever, guardar os texos no meu computador não tem a menor graça. Não sei até quando, mas por enquanto, coragem coração, me deixa escrever.
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